quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Novas obsessões musicais: a senhora

Não sei nada sobre ela. Aparecia-me constantemente nos videos do Launch, o meu site musical de referência. E depois de se ouvir os primeiros segundos desta voz de quem acabou de cair da cama, a recusar ir para o rehab, não há quem resista...

Arranjei o album, e todo ele tem aquele sonzinho Motown, actualizado com um pouco de atitude e de queixo erguido.

Muito bom.

A senhora que neste momento partilha a alta rotação da minha iPod, com o senhor anterior.

Novas obsessões musicais: o senhor

A primeira é um senhor chamado Mark Owen. Tudo na carreira aponta para um artista da treta: membro da boyband Take That, voz fraquinha, e pouco talento... até os Take That acabarem e ele se lançar a solo.

O primeiro album teve o sucesso reservado aos fãs que ainda dele se lembravam, mas rapidamente foi despachado pela discográfica. Sem emprego, mas com amor pela música, manteve-se fora dos olhares públicos até ser convidado para entrar no Big Brother Celebridades. Ganhou e com isso veio um novo contrato discográfico.

Sai um album com canções a roçar o brilhante, In Your Time, mas que não vai a lado nenhum. Novamente na rua, gasta o ultimo cêntimo a lançar ele próprio o seu 3o album e respectivos singles, ironicamente chamado How the Mighty Fall... Novamente, uma colecção de músicas sentidas, e abundantes momentos de génio, que ninguém conhece nem compra.

Eu comprei recentemente o 3o album, e não me canso, simplesmente não me canso deste senhor.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Referendo

Não queria entrar em discussões filosóficas sobre a vida, e a morte, e quando é que se passa a ser um ser e se deixa de ser um conjunto de células, mas há algumas coisas que me fazem comichão...
Surpresa, por saber que o Sim ganhou. Juro que estava convencida que iamos ter repetição.
Indignação, por saber que 60% ficou em casa e se marimbou para a questão... Ainda temos muito para andar em termos cívicos.
Tristeza, por alguns dos comentários que tenho lido online em jornais, contra o Sim.

É claro que era bom que houvesse um bom sistema de planeamento familiar, e mais assistência a nível social, mas o que fazer quando algumas mulheres compram a pílula do dia seguinte constantemente, e sendo aconselhadas a tomar a vulgar pílula, a recusam? O que fazer quando a mulher pensa que ele também quer esta criança e no final ele a recusa?

Conhecida minha, que fez um aborto em Espanha, falou da enorme vergonha de ser a única mulher na sala de espera não acompanhada pelo parceiro. Porque quando a coisa não é proibida não é preciso haver medos, pode se dar a cara e tomar a responsabilidade pelo erro.

Finalmente, entristece-me que enquanto se discute o direito de um feto na barriga da mãe, tem de viver ou não, juízes portugueses continuem a entregar crianças aos pais biológicos, para serem espancadas, torturadas, violadas, e atiradas a um qualquer rio mais perto, para esconder o incómodo.

O feto não tenho a certeza, mas estas crianças tenho. Sofreram. Sofrem ainda.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Ela está a tentar matar-nos....

Ah, pois está!

A senhora Joanne Rowling anunciou que o sétimo e último livro do Harry Potter, chamado Harry Potter and the Deathly Hallows, está concluído e será publicado mundialmente a 21 de Julho de 2007.

Ou seja: este ano. Ou seja meia dúzia de dias depois da estreia do 5o filme. Isto quase que leva os fãs ao ataque cardiaco!

Eu não sei exactamente onde estou nesse dia, nem o que vou fazer, comer ou vestir. Só sei que à meia-noite estarei numa FNAC a comprar uma cópia. E que vou passar a noite a ler.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Patience (nova versão)

Para quem não se deu ao trabalho de ver o belo do video clip dos Take That com a música Patience, vão lá atrás, vejam e depois venham ver esta versão...

Hilariante...

Tecnologia e natureza

A tecnologia é viciante como o caraças! O que somos nós hoje em dia quando falta electricidade durante 1 hora? Não podemos ver televisão, nem estar no computador. Não posso aquecer comida porque o meu fogão é eléctrico. Posso ler um livro à luz da lanterna, mas também não dá muito jeito...

Então o que acontece quando eu acordo uma manhã com o computador sem imagem no ecrã? Fácil! Faço um autêntico freak out, falo com o computador como se ele fosse uma criança de 2 anos (Vá lá! Liga lá o ecrã! Please!!!!), e vou a correr para o serviço falar com o IT guy, o Pieter. Que me diz rapidamente qual é o problema. Ok. E agora? É preciso substituir uma peça, mas entretanto vou estar 2 semanas sem computador. Acho que a moeda na altura não caiu, porque não fiz grande alarido; claro que na primeira noite cá em Leuven a moeda caiu sonoramente!!! Ahhhhh!!!

Enquanto estou a lidar com os sintomas de abstinência do portátil, a Natureza resolve voltar ao normal, e deitar um forte nevão por cima de Leuven esta manhã. A cidade fica linda de branco e as estradas horríveis com aquela neve lamacenta. Andar na rua é, por enquanto, um exercício de equilíbrio e sorrisos de contentamento. Apetece-me agarrar em skis e vir a skiar até ao serviço... e a culpa é toda vossa!!!! (vocês sabem quem são :) )

domingo, fevereiro 04, 2007

Adeus

Afinal o ano não está a começar da maneira mais auspiciosa, mas há coisas contra as quais nada podemos fazer.

Ontem, a nossa coelhinha de estimação morreu. Tinha 6 anos e meio. Veio para nossa casa porque a minha irmã queria um cão, e ao menos um coelho sempre era mais pequeno. Era um sábado, 4 de Agosto, eu estava com a minha mãe na farmácia e a minha irmã e o meu pai foram ver a uma loja o que potencialmente seria necessário para um coelho.

Voltaram com as tralhas todas e uma caixa de cartão, onde a um canto estava enroscada uma bola de pelo branca. Pesava 300g, tinha 3 semanas e cabia no tarraço de barro onde se lhe punha a comida.

Uns tempos depois pesava perto de 3 kilos, e punha as patas na borda da taça da comida para se inclinar lá para dentro. Adorava esticar-se toda ao comprido ao sol, e rosnar a toda a gente, excepto à minha irmã. Roeu tudo o que pode, desde fios electricos até à mesa e cadeiras da cozinha (que tiveram de ser substituidas). Não se ralou nada com a chegada da cadela. A Lusa tinha mais medo dela do que ao contrário.

Era a Nina. Tinha umas orelhas pretas macias, uns «óculos» escuros à volta dos olhos e um enorme tufo de pelo muito macio no peito. Assim foi até ao fim.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Running the world

Uma vez que ninguém comentou nos meus amigos Take That, cá vai uma música brilhante (que mais se podia esperar?) desse grande inglês (mas grande mesmo, deve ter quase 2 m) chamado Jarvis Cocker.

A minha relação apaixonada com este homem começou de forma certamente muito pouco romântica: nos idos tempos em que o Michael Jackson ainda era alguém, e estava a actuar nos British Music Awards rodeado de criancinhas de todas as etnias, a cantar a legalenga do costume, O nosso amigo Jarvis salta para o meio do palco, vira o rabo para a audiência e limpa-o com papel higiénico. Estava dito: o Michael Jackson é uma m....! É claro que foi imediatamente arrastado do palco por seguranças, mas por algumas semana foi herói nacional.

Antes disto acontecer, já eu adorava esse grande disco dos Pulp, o Different Class. E com isto ficou selada a minha admiração pelo homem.

Agora a solo, casado e pai de filhos, não perdeu pitada da sua veia sarcástica e continua a debitar grandes músicas como estas.