terça-feira, janeiro 29, 2008

O Concorde dos electrodomésticos

Este sábado tinha o dia bem preenchido.

Tudo começou a semana passada quando fui pôr a roupa a lavar. Ao passar pelo meu simpático senhorio Wim, bem ao jeito português, lá aproveitei para meter conversa e estar um bocado na palheta. Vai dai, e ele pergunta-me se eu não estaria interessada numa máquina de lavar, que o meu vizinho que lhe tinha dado.

Bem, já que insiste... é claro que estou MUITO interessada numa máquina de lavar roupa. Já tinha decidido comprar uma, mas ainda me estava a custar dar 300 ou 400 euros para poupar a ida à lavandaria automatica. Ficou combinado que no sábado seguinte (este último) ele me iria pôr a máquina lá na cozinha e montá-la.

Uma vez que o electricista também lá ia este sábado, acordei cedo e estava a tomar o pequeno almoço, quando o Wim passou por lá a saber se podia pôr a máquina lá dentro. Enquanto acabei de tomar o pequeno-almoço, ele montou a máquina (teve que tirar o rodapé para a máquina caber, e voltou a colocá-lo). Agradeci-lhe e telefonei à minha mãe para me pôr a par de mezinhas caseiras.

Depois de lavar a máquina, que não vai para nova, lá a pus a lavar. Tudo muito bem, até chegar à centifugação. Eu estava na sala e ouvi um barulho semelhante a um berbequim. "O meu vizinho está em obras", pensei eu.

Qual não foi o meu espanto quando fui investigar e descobri que o barulho, que entretanto tinha subido para um nível supersónico, vinha da minha máquina de lavar! Sim, o som do Concorde a descolar que toda a rua deve ter ouvido nesse sábado vinha da minha cozinha...

Entre rir e olhar feita parva para a máquina, lá acabou o programa. Desci à loja e perguntei ao Wim se tinha ouvido o barulho da máquina. Ele incrédulo, olha para mim e diz "esse barulho era a máquina?". Digo que sim. Ele lança as mãos à cabeça.

Com barulho ou sem barulho, a mim ninguém me tirava a máquina. Lá experimentei carregar nos botões e fazer o segundo programa. Nesta vez consegui evitar o nível supersónico, e só uma vez chegou ao nível do berbequim. Um sucesso.

Entretanto já fiz duas máquinas de roupa e tenho a dizer que lava muito bem, embora demore quase 3 horas, e o barulho da centrifugação é suportável por 5 minutos.

Acho é que não fiz amigos dos vizinhos de baixo...

sexta-feira, janeiro 25, 2008

A Festa

Depois do último post, não queria parecer uma depressiva infernal, e portanto quero deixar aqui uma nota positiva. Deixem-me pensar em coisas boas:

-hoje é sexta-feira,
-amanhã recebo uma máquina de lavar,
-vou para a neve durante uma semana,
-as pessoas de quem eu gosto estão vivas e intactas,
-eu estou viva e intacta!

E pronto, agora cai no extremo oposto, que é parecer uma optimista deslambida...

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Marcar reunião para discutir o meu doutoramento, que tem estado no limbo.

A chefe não aparece.

Toda a gente fala dos seus projectos. Em flamengo.

A minha ideia não é viável. Posta de lado.

Só me resta pensar o que raio estou aqui a fazer realmente, quando podia estar em Portugal, a ajudar a minha mãe, que basicamente aos 27 anos, ainda me suporta, enquanto eu ando por aqui a "fingir" que faço investigação.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Boa pergunta!

Ontem, em minha casa:
Jurgen: Carolina, is your toilet in your bathroom?
Eu: *pausei, pensei e respondi* Yes.

Não, ele não se estava a meter comigo. Estava a fazer uma pergunta séria, tendo em conta os hábitos belgas, em que muitas vezes a sanita se encontra num cubiculo separado do resto da casa de banho.

Mas para mim, não deixa de ser uma pergunta hilariante, e cuja resposta em Portugal seria "Onde é que achas que está?".

sexta-feira, janeiro 11, 2008

No Natal...

Não queria deixar passar completamente essa festa de alegria e família que é o Natal, sem colocar aqui a lista de prendas que recebi...

Isto acaba por não ser outra coisa que uma desculpa para dizer que recebi um computador novo.

Cá está ele com o seu design inovador. Como o meu portátil anterior, também este é HP com um ecrã de 14', que eu acho ser o tamanho ideal para andar com ele às costas, mas ainda suficiente para se trabalhar bem sem ter de dar cabo dos olhos.

Está bem recheado de mariquices que só interessam a mulheres e/ou geeks, como o comando remoto, a segurança via impressão digital, um rato wireless e uma bolsa com o mesmo desenho que está estampado na tampa do portátil. O ecrã têm um sistema mais sólido de dobradiça, o que é uma coisa que só repara quem teve um computador de tampa "bamba" durante 4 anos, e o teclado é quase idêntico, o que me permite teclar com pouca luz ou sem olhar para o teclado.

Do lado menos positivo, mas não completamente negativo estão duas coisas. O desaparecimento de um botãozinho muito jeitoso, ao lado das teclas de direcção, que me permitia fazer "Back" na internet sem precisar de rato. E o Microsoft Vista. É vistoso, não avança muito ao XP em funcionalidade, e em termos de estabilidade é pior do que o XP com SP2. E em termos de velocidade parece que fiquei na mesma, o que eu muito culpo no Vista, uma vez que o hardware é bem melhor.

No geral estou contente com a minha máquina, e muito mimo lhe irei dar, como aconteceu com o meu "mais velho", que levou um disco de 160 Gb, foi adoptado pelo meu pai e está ai para as curvas.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Bom Ano!

E 3 ou 2 beijinhos conforme a tradição.

Estou de regresso à Bélgica. A "falsa partida" de ontem teve as suas vantagens: acabei por estar ansiosa para voltar aqui ao meu cantinho do centro da Europa.

O vôo foi calmo, a chegada ao apartamento rápida, onde fui recebida com umas quantas cartas (contas) e muitas novidades. Já tenho caixa do correio individual, com chavinha e tudo! A entrada do prédio foi pintada e retocada, e tem um espelho pendurado. A minha orquidea sobreviveu impecavelmente e está linda.

De volta ao trabalho, também a roseira sobreviveu a estas semanas sem a dona. E já tivemos direito a uma drink, e distribuimos desejos de um bom ano (mais os tais 3 beijinhos) por toda a gente.

Daqui a bocado volto para casa, para desfazer as malas e arrumar as traquitanas...

Gosto de estar de volta.