Há umas semanitas fui a Londres, numa rotina que se tornou quase anual.
Quando Londres era quase inacessivel, parecia-me uma aventura, a cidade mais fixe do mundo. De repente estava a 2 horas de comboio com casa no final da linha. E tornou-se numa cidade relativamente familiar, mas tão complicada, tão movimentada, tão stressante. Agora finalmente que passou a barreira da familiaridade, (desde há 2 anos que mantenho libras e o oyster na mala), é tão agradável ir passar dois dias à grande capital.
Desda vez o motivo era ir ver a mais recente adaptação para o teatro do Frankenstein de Mary Shelley.
Nunca li o livro nem vi nenhum das inúmeras versões cinematográficas. No entanto a peça tinha muitos motivos de interesse. O principal era ir ver o actor Benedict Cumberbatch ao vivo. Cumberbatch é responsável pela melhor interpretação de Sherlock Holmes desde que Jeremy Brett morreu. Para quem ainda não está a par aqui fica um gostozinho da brilhante série da BBC.
Para além do brilhante Cumberbatch, de ser dirigida por um Danny Boyle de regresso ao palco, com guião de Nick Dear e música dos Underworld, esta versão de Frankenstein tinha ainda a peculiaridade de ter dois actores principais. Cumberbatch iria dividir o palco com Jonny Lee Miller (Trainspotting), assim como as duas personagens principais: a creatura e o criador.
Assim que os bilhetes sairam à venda eu despachei-me a adquirir bilhetes para ambas as versões: BC como Frankenstein e JLM como creatura e vice-versa.
Foi uma grande noite de teatro. Actuações espetaculares de ambos os actores, especialmente surprendente de Lee Miller como creatura. Um guião com algumas fragilidades, mas que cortava a narrativa de Shelley do excesso dramático e a cingia ao fulcro da questão. Excelente acompanhamento sonoro e a cenografia. Actores secundários um pouco entre o genial, o tremidito e o muito mau.
E no final uma experiência na saída de actores de generosidade, sacrificio e simpatia tanto por parte de Cumberbatch, que simpaticamente acedeu a todos os muitos pedidos de autografos e fotografias, como de Mark Gatiss (Criador da Liga de Cavalheiros), com uma peça em cena no mesmo teatro.
Infelizmente os nossos planos sairam furados, uma vez que Cumberbatch (mais metade dos actores) apanharam uma intoxicação alimentar no dia seguinte e portanto acabamos por ver a mesma versão da peça duas vezes.
Gostava de voltar em Abril, mas o resto das actuações encontram-se já esgotadas.
Certamente uma das melhores peças em palco em Londres este ano e uma produção memorável. Bravo.
quarta-feira, março 09, 2011
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Haute Chocolaterie
Há uns fins-de-semanas atrás, o contigente luso-brasileiro, eu, o N, a D e o R, seguimos rumo a Bruxelas com o único intuito de ir ao Pierre Marcolini, uma chocolateria famosa. Já lá tinha passado há uns anos atrás quando passeava por Bruxelas com a A e a tia. A loja estava fechada, mas as montras pareciam contradizer o que cá fora estava escrito. Com a montra quase totalmente tapada, pequenos quadrados deixavam o trausente espreitar, como numa caixa de pedras preciosas, os bocadinhos de chocolate expostos. Parecia uma joalheria enfeitada de chocolate e frutos secos.
Com o GPS programado lá fomos ter a uma loja Marcolini. Fechada. Mhh... Com a hora de fecho a aproximar-se, assim como o nosso desespero por um chocolatinho, puxei do meu iPhone (ah, pois é!), com valentia liguei o rooming de dados, e procurei a famosa loja. Recordava-me que ficava perto do Sablon. Google. Encontrada.
Entrámos na loja, que ocupa um edifício inteiro, subimos as escadas cobertas com tapetes, atravessámos a cortina de veludo e ali mesmo à nossa frente, o difícil era decidir. Dois empregados perfeitamente informados explicaram-nos os diversos sabores e possibilidades, dando-nos a provar pequenos bombons.
Saimos felizes com os nossos sacos de cartão preto, sentindo que tinhamos acabado de passar por uma experiência de luxo, e jantámos num restaurante perto.
O único senão desta noite perfeita foi 3 dias depois me mandarem uma mensagem a informar-me que a minha procura no Google me tinha custado 50 euros em rooming de dados. Torna-se difícil não chamar estes senhores de l.a.d.r.õ.e.s. mas pronto, pelo menos aqui a parva já percebeu e não planeia dar nem mais um cêntimo de rooming a estes senhores.
Com o GPS programado lá fomos ter a uma loja Marcolini. Fechada. Mhh... Com a hora de fecho a aproximar-se, assim como o nosso desespero por um chocolatinho, puxei do meu iPhone (ah, pois é!), com valentia liguei o rooming de dados, e procurei a famosa loja. Recordava-me que ficava perto do Sablon. Google. Encontrada.
Entrámos na loja, que ocupa um edifício inteiro, subimos as escadas cobertas com tapetes, atravessámos a cortina de veludo e ali mesmo à nossa frente, o difícil era decidir. Dois empregados perfeitamente informados explicaram-nos os diversos sabores e possibilidades, dando-nos a provar pequenos bombons.
Saimos felizes com os nossos sacos de cartão preto, sentindo que tinhamos acabado de passar por uma experiência de luxo, e jantámos num restaurante perto.
O único senão desta noite perfeita foi 3 dias depois me mandarem uma mensagem a informar-me que a minha procura no Google me tinha custado 50 euros em rooming de dados. Torna-se difícil não chamar estes senhores de l.a.d.r.õ.e.s. mas pronto, pelo menos aqui a parva já percebeu e não planeia dar nem mais um cêntimo de rooming a estes senhores.
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