Durante a faculdade, para o trabalho de uma disciplina, calhou ao meu grupo o fármaco cisplatina. A cisplatina era na altura um fármaco novo para uso oncológico, e como o próprio nome indica, apesar de resultados muito positivos, pouco mais é do que puro veneno, uma versão injectável de platina.
Para além de ser um trabalho muito interessante, o que realmente deu uma cara à importância deste medicamento foi o ciclista Lance Armstrong. Aos 25 anos, no final de 1996, após interromper a Tour de France nesse ano devido a sintomas, Armstrong é diagnosticado com cancro testicular, com a presenca de metástases já desenvolvidas no abdomén, pulmões e cérebro. Armstrong é operado ao cérebro, o testículo removido, e faz quimioterapia agressiva com, entre outros medicamentos, cisplatina. O médico que o segue dá-lhe uma probabilidade de sobreviver inferior a 50%.
Em 1998, Armstrong apresenta-se já em excelente forma em várias provas de ciclismo internacionais e em 1999 vence a sua primeira Tour de France. O padrão repete-se até 2005, quando se retira do ciclismo, para se dedicar à Fundacão Lance Armstrong de luta contra o cancro.
O ano passado anunciou o seu regresso ao ciclismo com a intencão expressa de correr na Tour de France, e publicitar e angariar o máximo de atencão e fundos possiveis para a luta contra o cancro.
E é por isso que todos estes anos depois, Lance Armstrong continua a ser uma inspiracão, para mim e para milhões de pessoas em todo o mundo.
quinta-feira, julho 23, 2009
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