quarta-feira, janeiro 14, 2009

2a parte: uma aventura de táxi

A chegada a Leuven foi uma surpresa: a praca da estacão estava coberta por 10 cm de neve, e andar e puxar uma mala atrás era um exercício parecido a um equilibrista num arame.

O pior foi o que se seguiu: táxis àquela hora e com aquele tempo nem vé-los, e apesar de ter telefonado a uma companhia de táxis, este nunca se materializou.

Também à espera encontravam-se dois buraquinhos de cu, daqueles que rezam a Alá (porque também há os que rezam a Deus) que prontamente se meteram comigo, e recebendo um olhar tão gelado como os meus pés, se divertiram grandemente a gozar comigo quando conseguiram um táxi. E para provar que eram buraquinhos, quando o taxista voltou, não me quis levar. O que os buraquinhos lhe tinham dito não sei, mas obviamente o taxista também se queria juntar à irmandade.

Também tive os típicos flamengos, que simplesmente roubam o táxi, mas isso já não me surprendeu. Estou aqui há 2 anos: já conheco essa característica de gingeira...

Mais de 30 minutos depois, com os pés congelados, lá veio um táxi, que partilhei com uma Portuguesa que tinha vindo no mesmo võo que eu, e um flamengo que nos tinha pedido educadamente.

Quando cheguei a casa, mal disposta, cansada e congelada, tive de acartar a mala escada acima, batendo com as rodas da mala em cada degrau.

Passava da meia noite e meia.

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